Artes dos Jardins


1. Unidade curricular: Artes dos Jardins

2. Código da unidade curricular

3. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

4. Departamento:

5. Curso: Jardins e Paisagem

6. Nível do curso: Pós-Graduação

7. Tipo de unidade curricular (opcional)

8. Ano do plano de estudos: 1º

9. Semestre: 2º

10. Número de créditos: 10 ETCS

11. Docente responsável: Ana Duarte Rodrigues

12. Número de horas de aula por semana: 4h

13. Objectivos da unidade curricular

1. Estudo dos diferentes elementos que compõem um jardim e paisagem como a arquitectura, a escultura, a pintura (frescos e azulejos) e os efeitos estéticos previstos obter com o uso da água e estruturas de arte efémera concebidas para ocasiões específicas.

2. Conhecer o vocabulário adequado para descrever morfologicamente todos os elementos.

3. Saber ler iconograficamente as temáticas mais adequadas ao contexto dos jardins e descodificar o programa, quando este existe.

4. Saber integrar o estudo de um elemento constituinte do jardim na paisagem como um todo.

14. Requisitos de frequência: Não tem

15. Conteúdo da unidade curricular

I – Os livros e os tratados sobre a arte dos jardins

1.1 As informações nos livros sobre agricultura

1.2. Os tratados italianos e franceses sobre a arte dos jardins

1.3. Os livros ingleses e alemães com a novidade do jardim à inglesa

1.4. O papel da gravura na divulgação de modelos

II – A matéria vegetal

2.1. Os livros de botânica

2.2. Os parterres de broderie

2.3. A arte da topiária

III – O uso estético da água

3.1. Salomon de Caus e a divulgação de dispositivos para jogos de água e do modelo do jardim de Heidelberg (Hortus Palatinus)

3.2. Sistemas hidráulicos desde a construção do aqueducto à cascata

3.3. O efeito de espelho de água

3.4. Os jogos de água

IV – A escultura de jardim

4.1. A especificidade da escultura de jardim

4.2. A história da escultura de jardim

4.3. As várias tipologias da escultura de jardim

4.4. O princípio do decorum e os temas mais comuns da escultura de jardim

V – A iconografia/iconologia num jardim

5.1. A existência ou não de um programa veiculado pelas artes figurativas

5.2. As temáticas recorrentes num jardim na escultura e no azulejo: os deuses e episódios da vida dos deuses da mitologia clássica; as personificações dos Rios e das Quatro Estações e as alegorias.

VI – A arte do embrechado

6.1. A técnica do embrechado

6.2. Principais utilizações e efeitos estéticos do embrechado.

16. Bibliografia recomendada (máx. 5 títulos)

DAVIS, John Patrick Stuart, Antique Garden Ornament. 300 years of creativity: Artists, manufacturers & materials, Woodbridge: Antique Collectors’ Club, 1991.

HUNT, John Dixon, Garden and Grove – The Italian Renaissance Garden in the English Imagination: 1600-1750, London e Melbourne: J. M. Dent & Sons Ldt, 1986.

MOSSER, Monique e BRUNON, Hervé, e RABREAU, Daniel, Les éléments et les métamorphoses de la nature. Imaginaire et symbolique des arts dans la culture européenne du XVIe au XVIIIe siècle, Paris: William Blake & Co / Art & Arts, 2004.

PLUMPTRE, George, Garden Ornament: five hundred years of history and practice, London: Thames and Hudson, 1998.

RODRIGUES, Ana Duarte, A Escultura de Jardim nas quintas e palácios dos séculos XVII e XVIII em Portugal, dissertação de Doutoramento em História da Arte apresentada à F.C.S.H./U.N.L., Lisboa, 2009, 3 vols.

17. Métodos de ensino

Nas aulas teóricas após breve exposição sobre a matéria recorrendo a um riquíssimo banco de imagens, analisar-se-ão textos da bibliografia ou fontes primárias com vista à discussão na aula.

O curso tem uma forte componente de estudo de casos in loco e contacto com projectos de restauro em curso, ocupando as aulas práticas cerca de 25% do tempo.

18. Métodos de avaliação

A avaliação terá em conta a participação nas aulas; a nota da frequência e um trabalho de investigação. Fichas de inventário: 30%; Trabalho Final: 70% da nota.

19. Língua de ensino: Português






História e Experiência da Paisagem na Arte Contemporânea


1. Unidade curricular: História e Experiência da Paisagem na Arte Contemporânea

2. Código da unidade curricular

3. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

4. Departamento:

5. Curso: Jardins e Paisagem

6. Nível do curso: Pós-graduação

7. Tipo de unidade curricular (opcional)

8. Ano do plano de estudos: 1º

9. Semestre: 2º

10. Número de créditos: 10 ETCS

11. Docente responsável: Professora Doutora Margarida Acciaiuoli de Brito

12. Número de horas de aula por semana: 4h

13. Objectivos da unidade curricular:

Trata-se de uma cadeira integrada na pós-graduação sobre “Jardins e Paisagem” que se propõe facultar aos estudantes uma reflexão sobre os vários problemas que a temática da paisagem acarreta.

Englobam-se, também, neste quadro, o aparecimento dos “Parques Naturais” e o papel que tiveram os Jardins no desenho das reconstruções das cidades no após-Guerra.

14. Requisitos de frequência: Não tem.

15. Conteúdo da unidade curricular

1. A temática da paisagem como introdução à arte contemporânea.

2. Modelos antigos e referências novas na representação da natureza

3. O culto do “natural” e a arte da paisagem em França

4. A “Escola de Barbizon”e os exilados da civilização: Théodore Rousseau, Jules Dupré, Diaz de la Peña e C. Troyon

5. O daguerreótipo e o novo olhar sobre os objectos. A experiência do tempo e do lugar. Realismo e fotografia

6. Charles Baudelaire, a «vida moderna» e a paisagem urbana

7. Mondrian e «a nova imagem do mundo».

8. A Escola de Nova York e a pedagogia da “Action Painting”.

9. A “Land Art” e a herança prática e teórica do conceito de Paisagem

10. A invenção dos Parques Naturais e a sua identidade

11.O poder dos Jardins e a reorganização das cidades no pós-guerra

16. Bibliografia recomendada (máx. 5 títulos)

BERQUE, Augustin (dir.), Cinq Propositions pour une Théorie du Paysage, Seyssel, Champ Vallon, 1994

MITCHELL, W. J. T., Landscape and Power, Chicago, University of Chicago Press, 2002 (1994)

MUSÉE D’ART MODERNE DE LA VILLE DE PARIS, La Beauté Exacte. Art des Pays-Bas, XX Siècle, de Van Gogh à Mondrian, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, 1994

MUSÉE DES BEAUX-ARTS DE LYON, L’ École de Barbizon: Peindre en Plein Air avant L’Impressionnisme, Lyon, Réunion des Musées Nationaux, 2002

TIBERGHIEN, Gilles A., Land Art, Paris, Carré, 1993

17. Métodos de ensino

Aulas teórico-práticas e participativas. Análise de Obras apresentadas na aula. Discussão e interpretação de textos teóricos seleccionados da bibliografia e apresentados nas aulas. Completa-se o ensino com visitas de estudo a museus ou centros de exposições.

18. Métodos de avaliação

Trabalhos apresentados ao longo do curso. Apresentação e discussão de textos em aula. Apresentação de 1 trabalho final de investigação com 15 a 20 páginas.

19. Língua de ensino: Português






Projecto


1. Unidade curricular: Projecto

2. Código da unidade curricular

3. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

4. Departamento:

5. Curso: Jardins e Paisagem

6. Nível do curso: Pós-graduação

7. Tipo de unidade curricular (obrigatória)

8. Ano do plano de estudos: 1º

9. Semestre: 2º

10. Número de créditos: 10 ETCS

11. Docente responsável: Ana Duarte Rodrigues

12. Número de horas de aula por semana: 4h

13. Objectivos da unidade curricular

1. Capacidade de construir um projecto inovador e útil para a instituição que detenha a tutela de um jardim histórico ou de um parque natural.

2.Capacidade de aplicar no estágio os conhecimentos adquiridos com originalidade, pragmatismo e qualidade.

3.Revelar iniciativa, sociabilidade e demonstrar uma boa atitude face ao trabalho, cumprindo horários, prazos e objectivos definidos previamente.

14. Requisitos de frequência: Não tem

15. Conteúdo da unidade curricular

Esta unidade curricular compreende um estágio no qual o aluno desenvolverá um projecto individual em consonância com o local onde está a realizar o estágio e que tanto pode ser a realização de um mapa através da utilização de softwares de cartografia digital e/ou sistemas de informação geográfica; a inventariação das obras e objectos de arte presentes num jardim ou parque natural; a realização de um projecto de programação e dinamização cultural com vista ao incremento do turismo ou a avaliação e investigação sobre paisagem.

O aluno poderá realizar um estágio em locais como o Palácio Nacional de Queluz, a Fundação da Casa Fronteira e Alorna, Quinta da Regaleira, Parque do Palácio do Monteiro-mor, Quinta Real de Caxias, Quinta do Marquês de Pombal em Oeiras, Parques de Sintra – Monte da Lua (Parqe de Monserrate e Parque da Pena), Reserva Natural do Estuário do Tejo, etc.

16. Bibliografia recomendada (máx. 5 títulos)

BÉNETIÈRE, Marie-Hélène e CHATENET, Monique e MOSSER, Monique, e BLONDEL, Nicole e GUEISSAZ, Catherine, Jardin: vocabulaire typologique et technique -  Principes d’analyse scentifique, [Inventaire general des monuments et des richesses artistiques de la France], Paris: Ed. Du patrimoine, 2000.

Jardins históricos de Portugal. Projecto-piloto de valorização cultural e turística: Jardim Botânico da Ajuda, Jardim do Cerco Mafra, Lisboa: S.E.T., 1995.

Jardins do Mundo – Discursos e práticas (coord. FRANCO, José Eduardo, e GOMES, Ana Cristina da Costa), Lisboa: Gradiva, 2008.

RODRIGUES, Parte I – A Quinta Real de Caxias –, in Quinta Real de Caxias. História. Conservação. Restauro, Caxias: Câmara Municipal de Oeiras, 2009, pp. 19-80.

Water and landscape. An aesthetic overview of the role of water in the landscape, Washington: Water Information Center, 1974.

17. Métodos de ensino

Prevê-se a realização de um estágio, que coloca o aluno em aprendizagem prática no mundo do trabalho e será dada orientação tutorial tanto no que diz respeito à realização do projecto como à atitude e desempenho no estágio.

18. Métodos de avaliação

A avaliação terá em conta a nota obtida no estágio (50%) e a nota do projecto (50%).

19. Língua de ensino: Português






História dos Jardins e Paisagem

1.Unidade curricular: História dos Jardins e Paisagem

2. Código da unidade curricular

3. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

4. Departamento:

5. Curso: Jardins e Paisagem

6. Nível do curso: Pós-Graduação

7. Tipo de unidade curricular (obrigatória)

8. Ano do plano de estudos: 1º

9. Semestre: 1º

10. Número de créditos: 10 ETCS

11. Docente responsável: Ana Duarte Rodrigues

12. Número de horas de aula por semana: 4 h

13. Objectivos da unidade curricular

1.Conhecer de forma breve mas precisa os momentos mais importantes na história dos jardins. Identificar as diferenças e alterações na arte dos jardins ao longo do tempo.

2. Proporcionar aos alunos o conhecimento visual, teórico e metodológico que lhes permita trabalhar neste campo de estudos artísticos.

3.Desenvolver o sentido da experiência estética vivida num jardim e critérios para a sua crítica de arte.

4. Incentivar a investigação sobre a arte dos jardins, onde existe uma séria lacuna historiográfica, sob a forma de teses de Mestrado e, possivelmente, de Doutoramento.

5. Oferecer uma base sólida de metodologias relevantes para a Salvaguarda dos Jardins Históricos.

14. Requisitos de frequência: Não tem

15. Conteúdo da unidade curricular

I – O conceito de jardim e os seus elementos

1.1.        A etimologia da palavra jardim desde jart (fechado no francês antigo) e sua relação com a palavra latina hortus

1.2.        O conceito de jardim ao longo dos tempos como espaço de transição e de metamorfose

1.3.        Os vários elementos de um jardim

1.3.1.   O plano

1.3.2.   Os elementos vegetais e a arte da topiária

1.3.3.   O papel vital da água e os seus dispositivos como cascatas, fontes, lagos, tanques

II – História da Arte dos Jardins

2.1. O jardim na Antiga Pérsia

2.2. Os jardins da Antiguidade Clássica

2.2.1. A construção das ville romanas e o seu significado: os jardins de Pompeia, a Villa Adriana e os jardins de Plínio.

2.3. Os jardins medievais

2.3.1. O hortus conclusus como um modelo de arquitectura paisagista

2.3.2. Os jardins na literatura e na arte

2.4. Os jardins do Renascimento

2.4.1. Em Itália: os jardins e as ville na Toscânia (Villa di Castello, Villa di Pratolino, Villa La Petraia, os jardins Boboli) e no Lazio (Villa d’Este).

2.4.2. Em França: Chantilly e Fontainebleau.

2.4.3. Em Inglaterra: os jardins “heráldicos”(Hampton Court, Whitehall e Nonsuch) e “emblemáticos”(Kenilworth, Theobalds, Wollaton, Wimbledon e Nonsuch)

2.4.4. Os modelos para os jardins portugueses do Renascimento: a Quinta da Bacalhoa no Sul e o Paço do Fontelo no Norte.

2.5. Os jardins dos séculos XVII e XVIII

2.5.1 Em Itália: os jardins do palácio Borghese e Farnese, a villa Gamberaia, a villa Garzoni e a villa Pisano.

2.5.2. A perfeição de Versalhes e os jardins europeus que derivam deste modelo: Hampton Court, La Granja de San Ildefonso, o Palazzo reale di Caserta, Schonbrunn, Ludwigsbourg, Drottningholm, Peterhof, Postdam, Greenwich, Het Loo, Nymphenburg, Herrenhausen e Queluz.

2.6. O advento do jardim à inglesa

III – Os modelos italianos, franceses e ingleses

3.1. Os jardins italianos vs os jardins à italiana

3.1.1. As características do jardim à italiana: a ligação do jardim ao palácio, a perspectiva e a distribuição das vistas, os vários terraços e as escadarias, o valor da água, das grutas e da escultura. A harmonia e a fantasia.

3.1.2. A Hypnerotomachia Poliphili e o valor da sedução nos jardins italianos

3.2. Os jardins franceses vs os jardins à francesa

3.2.1. A premissa da ordem e a procura do infinito. O jardim como teatro, os grandes canais, as grandes alamedas e os parterres

3.3. Os jardins ingleses vs os jardins à inglesa

3.3.1. A procura de sentimento depois de Le Nôtre: a escrita de Pope e Walpole

3.3.2. Os jardins de Stowe, Castle-Howard e Blenheim e a ilusão da natureza.

IV – A essência do jardim português

4.1. As influências do jardim árabe e do seu carácter intimista.

4.2. O Jardim Português como lugar de delícias, onde a frescura, a sombra, os cheiros, as cores e os brilhos, a paisagem verdejante e o valor da água, se destacam

4.3. As diferenças entre o Norte e o Sul e as características especificas dos jardins de algumas regiões de Portugal - Sintra, Celorico de Baixo, Douro

V – Os jardins botânicos

5.1. Definição de jardim botânico.

5.2. Os jardins botânicos de Pádua, de Inglaterra - o Chelsea Physic Garden -, de Espanha - o Real Jardim Botânico de Madrid -, e em Portugal: o da Ajuda, o de Queluz e o de Coimbra.

5.3. O papel desempenhado pelas viagens dos portugueses na recolha de novas espécies botânicas

5.4. Os livros sobre botânica.

VI – A salvaguarda dos jardins históricos

7.1. O conceito de jardim histórico e princípios para a sua salvaguarda

7.1.1. A Carta de Florença de 1981

7.2. Regenerar os jardins clássicos segundo o ICOMOS

7.2.1. Alguns exemplos de recuperação das plantações e das esculturas de jardim (conservação e substituição por cópias). O caso de Versalhes e de Queluz.

7.2.2. A importância da recuperação dos sistemas hidráulicos nos jardins históricos. O caso de Queluz e Caxias.

7.3. A importância e o papel do historiador da arte na consultadoria a projectos de recuperação de jardins históricos.



16. Bibliografia recomendada (máx. 5 títulos)

ARAÚJO, Ilídio, Arte Paisagista e Arte dos Jardins em Portugal, Lisboa: Ministério das Obras Públicas. Direcção Geral dos Serviços de Urbanização, 1962, 2 vols.

GOTHEIN, Maria Luise, A History of Garden Art from the earliest times to the present day in two volumes, New York: Hacker Art Books, 1966.

GROMOT, Georges, L’art des jardins: une courte etude d’ensemble sur l’art de la composition des jardins d’après des exemples empruntés a ses manifestations les plus brillantes, Paris: Vicent Freal, 1934, 2 vols.

HUNT, John Dixon, Greater Perfections, the practice of Garden Theory, London: Thames & Hudson, 2000.

MOSSER, Monique e TEYSSOT, Georges, The History of Garden Design- The Western Tradition from the Renaissance to the Present Day, London: Thames & Hudson, 1991.

17. Métodos de ensino

Nas aulas teóricas após breve exposição sobre a matéria recorrendo a um riquíssimo banco de imagens (recolhido por todo o mundo), analisar-se-ão textos da bibliografia ou fontes primárias com vista à discussão na aula.

O curso tem uma forte componente de estudo das obras in loco e contacto com projectos de restauro em curso, ocupando as aulas práticas cerca de 25% do tempo.

18. Métodos de avaliação

A avaliação terá em conta a participação nas aulas; a nota da frequência e um trabalho de investigação. Frequência: 40%; Trabalho Final: 60% da nota.

19. Língua de ensino: Português